A SEMIÓTICA DA NUDOFOBIA NO BRASIL

 

A SEMIÓTICA DA NUDOFOBIA NO BRASIL

I. INTRODUÇÃO
O nu é visto como motivo de orgulho pela cultura milenar da Grécia desde época imemorial tribal da existência pregressa de sua mitologia helênica. Enquanto isso na cultura dos povos judeus e cristãos o nu é visto como motivo de vergonha, constrangimento e mal-estar. Destarte, jamais essas culturas irão conviver com as suas diferenças, condição “sine qua non” para a harmonia universal entre as nações no mundo inteiro nunca partido.

II. BRASIL, SOB O SIGNO COLONIAL
Imaginem o Brasil que chegou agora ao ápice de seus problemas sociais ainda insolúveis no limiar do terceiro milênio. Muito embora que o Brasil só tenha 517 anos de existência cultural, levando-se em conta ainda ser e viver sempre sob o signo dum povo colonizado feliz, ora abaixo do jugo de Portugal, Inglaterra, França, Holanda, ora sob o jugo cruel dos Estados Unidos da América do Norte/EUA.

III. PEDRO AMÉRICO, O DESENHO DE DEUS
Dentre toda poética pedriana, considerada o desenho de Deus, posto que esta palavra (Desenho) aponta à Infalibilidade do Eterno nas artes, inclusive, em as suas fases pedrianas, há aquela Pintura histórica de sua juventude no Museu Dom João VI, em Tela de Pedro Américo [1843-1905] pintor paraibano, no qual nesse quadro retrata o filósofo grego Sócrates aos berros e solavancos, que lhe deram no parará, tataritaritatá, de certo neófito quase desviado seu, Alcebíades, afastando-o dos braços do vício, e ainda a um outro, decerto, também, discípulo seu que lhe escapou fedendo das tentações da Festa da Carne, o Carnaval, variações da “Sátira Menipéia”, antigo gênero literário criado em homenagem a Menipo de Gadare, por ser seu precursor, séc. VIII, a.C., como era conhecido de todos na Grécia Antiga. Enfim, a poética do pintor paraibano Pedro Américo que retrata também o nu, a saber:

1) A Carioca, Museu Nacional de Belas Artes, versão de original de 1863;
2) David em seus últimos dias é aquecido pela jovem Abisag, 1879, Museu Nacional de Belas Artes;
3) A Noite com os gênios do Estudo e do Amor, 1883, Museu Nacional de Belas Artes;
4) Estudo de modelo vivo,1865, Museu Dom João VI;
5) Estudo de modelo vivo, C. 1860-1870, Coleção Privada;
6) Jocabed levando Moisés até o Nilo, 1884, Museu Nacional de Belas Artes;
7) Sócrates afastando alcebíades dos braços do vício, 1861, Museu Dom João VI. Uma pintura histórica da juventude do pintor paraibano Pedro Américo;
8) Tiradentes esquartejado nu, 1893, Museu Mariano Procópio;
9) Modelo vivo nu pós frontal em Exposição no MAM-SP, 2017.

IV. JACKSON DO PANDEIRO, O FORTE
Os Estados Unidos da América/EUA são quem por último põem o Brasil de joelhos na perda de sua soberania naciinal, retaliada pelo Pentágono norte-americano e outras atrocidades perversas de Tio Sam. Tio Sam este tão bem caricaturado na música “Chiclete com Banana”, do virtuoso cantor e compositor paraibano Jackson do Pandeiro, comparado ao que descreve Euclides da Cunha em “OS SERTÕES”, sua epopeia brasileira: “O Sertanejo é antes de tudo um forte!”

Jackson do Pandeiro é quem denuncia Tio Sam rindo e fazendo troça dele como se quisesse destroná-lo por meio do riso e duma literatura da carnavalização ou literatura carnavalizada, que versam sobre o carnaval: a festa da carne. Motivo de teses desenvolvidas a partir de “A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos”, outro poeta paraibano, o mais original de toda literatura brasileira, segundo o Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos, noutra tese sua sobre “Recepção e transgressão, o público de Augusto dos Anjos”.

Nem é à-toa que surgem de sobressalto, do nada coisa nenhuma porque vem com endereço certo, uma onda de nudofobia (ódio ao nu) muito maior do que um tsuname, destruindo assim todo Estado Democrático de Direito, conquistado a duras penas em um Brasil derrubado por dois golpes: 1964/2016. Afinal, como odiar o nu se ninguém nasce vestido? Por acaso, alguém nasceu vestido pra reclamar a natureza seu caso de nudez?

V. PAPAGAIO FAZ PERIQUITO PAGA CONTA
O Afresco sobre a pureza do NU na gênese do humano divinizado de Miguel Angelo, no teto da Basílica de São Pedro lá no Vaticano, tem de esclarecer esse embuste dos transgressores das classes dominantes, escondendo-se de seus crimes de pedofilia, estupro, estupro coletivo com aval de impérios econômicos, judiciários, políticos, midiáticos e outros falsos profetas.

Todos esses transgressores, escudados num pseudo moralismo surrado, querem transferir agora suas faltas e blasfêmias aos artistas fracos e oprimidos.

Como nos tempos da Ditadura Militar do Golpe/1964 o Golpe/2016 também repete outra pseuda passeata eletrônica midiática pela FTP/Família Tradição e Propriedade, ignorando que imoralidade mesmo são 36 milhões de brasileiros que saíram do Mapa da Fome na ONU em 2014 e agora retornam miseráveis ao seio duma sociedade fracassada e em petição de miséria. Isso é Moral ou Imoral? Varei! “Papagaio come o milho e Periquito é quem leva a fama!”? Mudam o foco pro lado do mais fraco, sempre, a saber:

A performance do artista sobre o nu em todos os níveis da civilização (desde Miguel Angelo, Caravagio, Rembrant, Vicent Gaugan, Picasso, Salvador Dali, Anita Mafalti, Di Cavalcante) não tem nada a ver com o complexo de inferioridade duma sociedade doente, ignorante e incompetente, que sofre de nudofobia (ódio ao nu) em último estágio, jamais sua Exposição no MAM.

Vêm breve por aí, assaltando a sociedade brasileira, as maiores imoralidades de todos os tempos: FOME, SAQUE, MISÉRIA, CAOS e CORRUPÇÃO.

VI. MISTURA OS ALHOS COM BUGALHOS
A Folha de S. Paulo estupra o símbolo feminino mais sagrado da cena inaugural da gênese humana, a genitália da mulher que gera a vida e o homem, a imagem e semelhança do Eterno! Por esse desastre já se pode vê sua próxima hecatombe editorial sobre o órgão masculino, a genitália do homem. Quanta frescura, embuste, farsa e transferência de responsabilidade moral, ética e de postura e compostura. Mistura alhos com bugalhos, ao agir assim tão rasa e pueril.

A semiótica da nudofobia no Brasil constata-se na poética de Pedro Américo muito mais grande do que àquela que lhe fizeram em a sua homenagem como pintor na Capital da Parahyba. Haja vista que se deu por meio de seu próprio busto em bronze nu, e, ainda porque se lhe serve de mesmo nome à Praça Pedro Américo, ao lado do Theatro Santa Roza, na Capital da Parahyba, sua terra natal, outrora, a Terceira Capitania Hereditária mais antiga do Brasil, fundada a 5 de agosto de 1585.

VII. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todavia, o que fazem mesmo é somente macaquear sobre a origem divina da raça humana, porque o conteúdo é o mesmo mas as formas são várias, nas quais muitos preferem as da Região Nordeste do Brasil, onde o País foi descoberto em Porto Seguro-BA, a saber: “Amor de pica onde bate fica!” equivalência ao “Amor de xota onde chega brota!”

João Pessoa, 14 de outubro de 2017.

Prof. Dr. Montgômery José de Vasconcelos
(Doutor em Comunicação e Semiótica/PUC-SP, Mestre em Letras/PUC-Rio, Radialista/Rádio Mangabeira FM-PB e Presidente da FUCIRLA-PB)

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Fundação semiótica idealista à procura do paraíso perdido da pesquisa científica por obra e graça da corrupção do Governo FHC/PSDB que tomou conta do país, açambarcando-o do Oiapoque ao Chuí, e causando estragos irreversíveis à ciência.
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